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30/03/2022

FEBRABAN premia pesquisas acadêmicas sobre economia bancária

Em sua 13ª edição, Prêmio FEBRABAN de Economia Bancária distribuiu R$ 60 mil aos vencedores; objetivo é estimular o debate  sobre questões relevantes do sistema financeiro nacional

 

Quatro trabalhos acadêmicos sobre temas como alavancagem no setor bancário; os ciclos econômicos do crédito no Brasil; impactos da tecnologia e os principais eventos de fusões e aquisições no segmento; e como os períodos de alta das commodities afetam a emissão de gases de efeito estufa foram os vencedores do 13º Prêmio FEBRABAN de Economia Bancária.

A premiação, criada em 2009, tem por objetivo estimular o debate sobre a economia bancária brasileira e questões relevantes do sistema financeiro nacional e distribuiu R$ 60 mil aos vencedores. A cerimônia de entrega e apresentação dos trabalhos ocorreu hoje (30/03) em uma apresentação ao vivo pela plataforma noomis.

“Mais uma vez, tivemos uma edição bastante concorrida, com uma série de trabalhos de excelente qualidade, alinhados com os principais debates na área de economia bancária”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “Compreender os fatores estruturais que impactam a economia bancária, tomando como base o trabalho de pesquisadores, será sempre uma das melhores formas de auxiliar no funcionamento do nosso setor, trazendo cada vez mais possibilidades de elevar a oferta de crédito com custos de intermediação financeira cada vez menores, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.”

Nesta edição, mais de 50 trabalhos foram inscritos em três categorias: a categoria A, de dissertações, teses e artigos acadêmicos; a categoria B, de monografias; e a categoria especial, que neste ano contemplou trabalhos focados no tema ESG, diante da percepção cada vez maior da sociedade da importância de um desenvolvimento econômico sustentável, do ponto de vista ambiental, e inclusivo do ponto de vista social.

Na categoria A, o primeiro lugar ficou para Matheus Anthony de Melo e Pierluca Pannella, da FGV-EESP com o trabalho “Imperfect Competition and Leverage in the Banking Sector” (“Concorrência Imperfeita e Alavancagem no Setor Bancário”, em tradução livre). O trabalho avaliou o papel de choques financeiros e da intermediação bancária nos ciclos econômicos no Brasil, com foco no efeito gerado por variações no spread cobrado pelos bancos. Foi possível observar os impactos de choques financeiros e do custo de capital sobre o spread, e do efeito deste sobre o PIB, investimento e consumo no país.

Em segundo lugar na categoria A ficou o trabalho “Dissecting Brazilian credit cycle in high-dimensional and time-irregular span context” (“Dissecando o ciclo de crédito brasileiro em um contexto de alta dimensão e amplitude irregular no tempo”, na tradução livre).

O trabalho estima os ciclos econômicos do crédito no Brasil para o período de 1995 até 2017, utilizando mais de 2,5 mil variáveis em um modelo dinâmico fatorial generalizado. Os autores, André Nunes Maranhão, da UnB, e Marcelle Chauvet, da Universidade da Califórnia – Riverside, identificam uma relação temporal entre as variáveis, que indica que momentos de expansão do crédito precedem recessões econômicas. Além disso, os autores também apontaram que o ciclo de maior expansão do crédito no Brasil durou de 2009 até 2016, e que, posteriormente, ocorreu o ciclo de crédito recessivo de maior intensidade, que ocorreu entre o 2º trimestre de 2016 até o fim de 2017.

Na categoria B, que premia as monografias de graduação, ganhou o trabalho de Joyce de Souza Zanirato Maia, Ana Abras e Bruno de Paula Rocha, da UFABC, intitulado “Avaliação do Setor Bancário brasileiro no período de 2007 a 2017: Fusões e Aquisições e uso da internet”. O estudo avaliou como a tecnologia e os principais eventos de fusões e aquisições impactaram o setor no período de 2007 a 2017, considerando a presença geográfica de agências e o mercado de trabalho.

Entre os principais resultados, os autores destacam que a redução dos espaços físicos está associada com o avanço da tecnologia, medida através do maior acesso à internet. Por outro lado, o trabalho constata que o crescimento dos postos de trabalho no setor está associado positivamente ao avanço da tecnologia.

Na categoria que premiou os trabalhos referentes ao tema ESG, os vencedores foram Mario Malta Campos Dotta e Silva e Daniel da Mata, da FGV-EESP, com o trabalho “Commodity Booms, Credit Policy and The Environment” (“Boom de commodities, política de crédito e meio ambiente”). O estudo avaliou como os períodos de alta dos preços das matérias-primas, conhecidos como boom de commodities, afeta a emissão de gases de efeito estufa.

O trabalho mostra que regiões do Brasil mais expostas ao boom de commodities aumentam o desmatamento, levando a um aumento da emissão de gases estufa, tendo encontrado um efeito bastante significativo na Região Amazônica.

“O Prêmio de Economia Bancária é mais um dos projetos da FEBRABAN de incentivo à educação e à pesquisa, contribuindo para o aprimoramento da qualificação profissional, da educação e da pesquisa no Brasil. O engajamento do setor privado é imprescindível para sanar dificuldades estruturais existentes no país em todas as instâncias educacionais e também para reconhecer e valorizar quem se dedica à pesquisa”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da FEBRABAN.

Os trabalhos completos podem ser acessados neste link.

 

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