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05/07/2021

Febraban News: Mercado para títulos e financiamentos verdes está com o pé no acelerador

O apetite do mercado para os títulos e financiamentos verdes aumentou consideravelmente nos primeiros meses de 2021 e o ritmo deve seguir acelerado. A emissão destes instrumentos no país atingiu, até 2 de julho, US$ 11,19 bilhões, segundo levantamento da consultoria SITAWI Finanças do Bem, que tem a base de dados mais completa para avaliação de emissões de títulos verdes no Brasil. 
 
O valor já é 111% maior que os 12 meses de 2020, quando alcançou o recorde de emissões, com US$ 5,3 bilhões. Se considerarmos desde o primeiro título verde, em 2015, o ano de 2021 já representa 48% de todas as emissões (em valor monetário), percentual que deve crescer até dezembro. 
 
Títulos verdes são títulos de renda fixa utilizados para captar recursos para implantar ou refinanciar projetos ou ativos que sejam positivos para o meio ambiente. No Brasil, estes recursos são utilizados principalmente nos setores de floresta, energia renovável e transporte, mas operações com outros setores, como o de resíduos, saneamento e edificações, já começam a aparecer de forma mais frequente. 
 
Os bancos também fazem parte deste movimento. Bradesco, Itaú, BTG Pactual, BV, Banco ABC, Sicredi e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) já emitiram US$ 1,6 bilhão em green bonds. “A gente mudou nossa visão, quase uma visão punitiva em relação ao crédito para uma visão de mais oportunidades. O próprio Itaú lançou um green bond de US$ 500 milhões para financiar empresas de uma pegada ambiental de mais força, que tem a ver com infraestrutura, transporte, mobilidade e energia os investimentos que faremos”, destacou a diretora-executiva integrante do Comitê Executivo responsável pelo Jurídico e Relações Corporativas do Itaú Unibanco, Leila Melo, em live da Febraban News - “Autorregulação e a importância dos indicadores ASG para o setor financeiro”. (Clique no link para assistir).
 
Ela ainda ressaltou o avanço das instituições financeiras na área de investimentos. “Vários bancos têm lançado uma série de produtos financeiros temáticos dedicados tanto ao mercado brasileiro quanto ao internacional, por exemplo, como os fundos de investimentos verdes. Os fundos estão com uma procura tão grande que demoram horas para serem liquidados em sua totalidade. Como um exemplo que está sendo feito para os clientes, para as grandes empresas, é a adequação das nossas práticas ASG (Ambiental, Social e Governança) nos filtros das próprias companhias para emissão de bonds, de fundos que tenham estas características. Fazemos análises para ajudar nossos clientes a desenvolver estes produtos”, completou Leila.  
 
A Febraban tem estimulado as empresas para este mercado e lançou, em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Guia para Emissão de Títulos Verdes no Brasil, em 2016. O objetivo é orientar as empresas interessadas no mercado de títulos de renda fixa no Brasil. A Federação planeja uma atualização do trabalho visando contemplar outros instrumentos, como títulos temáticos e operações de financiamento vinculadas a indicadores ESG. 
 
“O crescimento das operações de dívida com características de sustentabilidade no Brasil segue uma tendência que é global, mas também indica que aspectos ESG passam a ser mais valorizados por investidores e consumidores no país, o que é muito positivo”, disse Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade da Febraban.
 
Tendência
Conforme países anunciam compromissos para zerar suas emissões líquidas de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2050 ou 2060, em função do Acordo de Paris, também crescem as metas de redução de emissões por empresas do setor privado. Instrumentos financeiros sustentáveis são aliados no caminho para o cumprimento desses compromissos.  Atualmente, as operações de dívida com rótulo sustentável no Brasil representam pouco menos de 1% do mercado global, conforme levantamentos da SITAWI e do International Institute of Finance (IIF). 
 
“Há espaço para crescer o uso das operações com características verdes. O Brasil tem muito potencial em setores como os relacionados a uso sustentável do solo, energias renováveis, saúde, educação e infraestrutura verde, incluindo saneamento. Investimentos nestas áreas apoiarão o país em suas metas climáticas e em uma retomada econômica mais verde e inclusiva”, disse Beatriz Secaf, gerente de Sustentabilidade da Febraban. (Thiago Silva)
 

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