Febraban leva as ações do setor financeiro no enfrentamento das questões climáticas para a COP29
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) participou da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) em Baku, Azerbaijão, onde reiterou que os bancos não só reconhecem sua responsabilidade em direcionar investimentos para projetos e iniciativas que tenham impacto positivo na sociedade, como tem atuado nessa direção. Em painel realizado ontem, dia 18 de novembro, Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban lembrou que o crédito é uma das alavancas do desenvolvimento sustentável, quando bem direcionado e alocado
Iniciativas realizadas pela federação com os bancos associados foram tema de painel sobre financiamento sustentável
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) participou da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) em Baku, Azerbaijão, onde reiterou que os bancos não só reconhecem sua responsabilidade em direcionar investimentos para projetos e iniciativas que tenham impacto positivo na sociedade, como tem atuado nessa direção.
Em painel realizado ontem, dia 18 de novembro, Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban lembrou que o crédito é uma das alavancas do desenvolvimento sustentável, quando bem direcionado e alocado.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática é um dos principais encontros globais sobre o tema, reunindo líderes de governos, especialistas, setor privado e sociedade civil para definir os compromissos que visam a redução da emissão de gases de efeito estufa, mitigando os seus impactos sobre o clima.
Amaury Oliva foi um dos palestrantes do painel “Finanças sustentáveis: contribuições do setor privado para os compromissos brasileiros com o clima” no Pavilhão do Brasil COP29, na Blue Zone. Ele dividiu o palco com Cristina Barros, diretora de Sustentabilidade da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg), Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e Aloisio de Melo, diretor de Políticas de Mitigação, Adaptação e Instrumentos de Implementação do Ministério do Meio Ambiente.
Trazendo ao debate três pilares fundamentais para sustentar as estratégias de mitigação de riscos e adaptação às mudanças climáticas, que são o financiamento, a seguridade e a produção, o painel discutiu o papel do setor privado na transição para um mundo mais sustentável.
A discussão trouxe luz às decisões e modulações da COP 29 que pavimentarão o caminho à Belém (PA) para a COP 30 em 2025, principalmente na contribuição das iniciativas do setor privado, de forma alinhada às regulações e regulamentações ambientais e climáticas do setor público.
“O objetivo foi debater o papel da indústria, dos bancos e dos seguros, e como nossos setores contribuem para a descarbonização e o combate às mudanças climáticas, por meio das finanças sustentáveis, apoiando as estratégias nacionais e os compromissos do Brasil no Acordo de Paris. No setor bancário, discutimos finanças sustentáveis há mais de uma década e conquistamos avanços importantes”, destaca o diretor Amaury Oliva.
Além da regulação do Conselho Monetário Nacional e do Banco Central, os bancos foram pioneiros ao estabelecer um sistema de autorregulação para tratar da responsabilidade social, ambiental e climática, e estabelecer boas práticas para a concessão de crédito. Também desenvolveram uma taxonomia própria para medir os fluxos de financiamento do sistema bancário por atividades econômicas a partir de critério socioambientais, além de uma matriz para avaliar o estágio de maturidade e apoiar os clientes na transição climática.
“As iniciativas que a Febraban desenvolve, em conjunto com os bancos, na área de Sustentabilidade visam promover o aumento do fluxo de recursos para negócios mais verdes e inclusivos, assim como aperfeiçoar o gerenciamento dos riscos socioambientais e climáticos pelo setor bancário. De fato, são ações complementares a outras iniciativas necessárias, como políticas públicas e planos de Governo, a exemplo do Plano de Transformação Ecológica, que tem um eixo importante sobre finanças sustentáveis”, completa o diretor.
Avanços do setor na agenda sustentável
No final de outubro de 2024, o Normativo SARB 14/2014, do Sistema de Autorregulação Bancária (SARB), que orienta as práticas socioambientais das instituições financeiras, passou por revisão como o objetivo de alcançar maior interface com as novas regras do Banco Central e o Manual de Crédito Rural.
Também foram incorporadas à SARB 14 temas não regulados e melhores práticas nacionais e internacionais, como conteúdo mínimo da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática, para fins de padronização e referência, detalhamento dos requisitos socioambientais e climáticos mínimos para contratos, critérios sobre contribuição positiva, medidas anti-greenwashing e de transparência. A novidade foi anunciada durante a COP 29.
Febraban - Federação Brasileira de Bancos
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