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12/03/2024

Pix é o meio de pagamento mais usado no Brasil em 2023; TED lidera em valores transacionados

Transações pela ferramenta somaram 42 bilhões no ano passado, um crescimento de 75% em relação a 2022. Resultado de 2023 do Pix supera as operações somadas de cartão de crédito, débito, boleto, TED, DOC, cheques e TEC

 

O Pix encerrou o ano de 2023 com quase 42 bilhões de transações, consolidando-se mais uma vez como o meio de pagamento mais popular do Brasil, um crescimento de 75% ante o ano anterior, revelando a eficiência e grande aceitação popular da ferramenta, que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do dia a dia. As transações do Pix superaram as de cartão de crédito, débito, boleto, TED, DOC, cheques e TEC no Brasil, as quais, juntas, totalizaram quase 39,4 bilhões.

Entretanto, no quesito valores transacionados, o Pix só perde o primeiro lugar para a TED que somou R$ 40,6 trilhões, enquanto a ferramenta de pagamentos instantâneos registrou R$ 17,2 trilhões, revela levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento, com base em dados divulgados pelo Banco Central e pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços).

 

MEIOS DE PAGAMENTOS – COMPARATIVO 2022 X 2023

 

 

Na comparação com os dados de 2022, os valores transacionados pela TED tiveram uma ligeira queda, de 0,2%, ao passo que no Pix cresceram: passaram de R$ 10,9 trilhões para R$ 17,2 trilhões, um avanço de 58%.

Com entrada em funcionamento em 16 de novembro de 2020, o Pix ultrapassou as transações feitas com DOC (Documento de Crédito, que foi descontinuado pelo sistema financeiro no último dia 29 de fevereiro) já em seu primeiro mês de funcionamento. Em janeiro de 2021, superou as transações com TED (Transferência Eletrônica Disponível). Em março deste mesmo ano, passou na frente em número de transações feitas com boletos. Já no mês seguinte (maio), o Pix ultrapassou a soma de todos eles.

Em relação aos cartões, o Pix ultrapassou as operações de débito em janeiro de 2022, e no mês de fevereiro foi a vez de passar na frente das transações com cartões de crédito.

“Desde o seu lançamento, o Pix tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e também se tornou uma importante ferramenta para impulsionar a bancarização no país, trazendo novos clientes para o sistema financeiro. Suas operações continuam em ascensão e batem consecutivos recordes”, avalia Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban. De acordo com o Banco Central, o Pix foi responsável por incluir 71,5 milhões de usuários no sistema financeiro.

O levantamento mostra que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta, fazendo com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado. São pagamentos rotineiros do dia a dia. Seu tíquete médio no ano passado ficou em R$ 420,00.

Já para transações maiores, a predileção é pela TED, que demora até uma hora para ser compensada. Seu tíquete médio foi de R$ 46 mil em 2023.

Depois do Pix, os meios de pagamentos preferidos dos brasileiros foram o cartão de crédito (17,8 bilhões de transações) e o cartão de débito (16,3 bilhões), seguido de boleto (4,2 bilhões), TED (892 milhões). Já em valores transacionados, após TED e Pix, aparecem os boletos (R$ 5,7 trilhões), cartão de crédito (R$ 2,4 trilhões) e cartão de débito (R$ 1 trilhão).

Boletos

A Febraban anunciou recentemente que o boleto bancário, um dos meios mais usados pelos brasileiros para pagamentos de contas de consumo no dia a dia, ganhará mais agilidade em seu processamento. A partir do próximo dia 15 de março, parte da liquidação interbancária da cobrança do documento será feita no mesmo dia do pagamento, prazo conhecido como D+0. Outra parte continuará com sua liquidação ocorrendo no prazo D+1 (em um dia útil).

A novidade é mais um projeto de modernização feito pelo setor bancário na modalidade de boletos, que englobará 136 bancos e será mandatória. Com a mudança, se o cliente pagar o boleto até às 16h30, o cobrador poderá receberá o dinheiro no mesmo dia, dependendo do contrato que ele tenha com a sua instituição financeira. Se o pagamento for feito após às 16h30, a liquidação ocorrerá no dia seguinte.

A mudança trará mais agilidade para o cobrador, e irá beneficiar muito o comércio. No caso de e-commerce, por exemplo, a Federação acredita que trará vantagens para os compradores, que poderão ter o processo de entrega de mercadorias feito com mais rapidez.

 

FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos
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