Saúde financeira dos brasileiros estabiliza, mas finanças continuam sob pressão

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A terceira rodada da pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio técnico do Banco Central (BC), revela que no último ano não houve mais brasileiros entrando na zona de maior bem-estar financeiro nem na zona de maior estresse financeiro, sugerindo estabilização. O índice geral passou de 56,0 no início de 2022 para 56,2 em 2023, mostrando a diminuição da pressão de queda e a consequente estabilização da saúde financeira dos brasileiros em relação ao ano anterior

Terceira rodada da pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) mostra que não houve alteração nos níveis de bem-estar financeiro da população, mas finanças seguem desafiando orçamento

 

A terceira rodada da pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio técnico do Banco Central (BC), revela que no último ano não houve mais brasileiros entrando na zona de maior bem-estar financeiro nem na zona de maior estresse financeiro, sugerindo estabilização.

O índice geral passou de 56,0 no início de 2022 para 56,2 em 2023, mostrando a diminuição da pressão de queda e a consequente estabilização da saúde financeira dos brasileiros em relação ao ano anterior.

A pesquisa de campo foi realizada entre junho e setembro de 2023 e considerou uma amostra de 4.769 pessoas com idade acima de 18 anos, nas 5 regiões do país. O I-SFB mede a saúde financeira das pessoas usando uma escala de 0 a 100 pontos e, de acordo com a pontuação, classifica a pessoa em uma das 7 faixas (ou níveis) de saúde financeira que o compõem, conforme abaixo.

 

 

Enquanto na segunda rodada em 2022 a pesquisa tinha apontado queda em todas as faixas de saúde financeira, na tomada atual (2023) há poucas oscilações: as faixas de maior bem-estar financeiro (“Ótima”, “Muito Boa” e “Boa”) somaram 39,8% (+0,6pp); enquanto as faixas de maior estresse financeiro (“Baixo”, “Muito Baixo” e “Ruim”) somaram 51.7% (-0,6pp).

“A nova pesquisa demonstra que o índice geral da saúde financeira do brasileiro está se estabilizando, mas o orçamento do consumidor segue apertado. Esse cenário destaca a importância das ações de educação financeira, de modo que o consumidor possa retomar o controle dos seus gastos e se afastar do ciclo de estresse e desorganização financeira”, explica Amaury Oliva, diretor executivo de Cidadania Financeira, Autorregulação e Relações com o Consumidor da Febraban.

 

 

 

FINANÇAS ESPREMIDAS, ORÇAMENTO CURTO

O retrato de saúde financeira de 2023 mostra que as finanças dos brasileiros continuam sob pressão. Embora o número de pessoas que disseram estar “Nada” ou “Pouco” apertadas financeiramente tenha diminuído (-1,3pp), a faixa de pessoas que disse estar “Totalmente” ou “Muito” apertadas passou de 23,1% em 2022 para 23,3% em 2023.

A dificuldade em equilibrar o orçamento também permanece em 2023 e o orçamento continua curto, com apenas 26% das pessoas entrevistadas afirmando que os gastos são “Menores” ou “Muito Menores” do que os ganhos (-2,2pp em relação a 2022). “Nunca” ou “Raramente” sobra dinheiro no fim do mês para 42,6% das pessoas entrevistadas.

Com relação à dificuldade de pagar as contas e cobrir os gastos, o porcentual dos que responderam “Sempre” ou “Frequentemente” atingiu 18,7% em 2023, versus 16,1% em 2022. Com relação às pessoas que responderam “Nunca” ou “Raramente” terem dificuldade de pagar as contas e cobrir os gastos: o percentual diminuiu de 61% em 2022 e para 56,7% em 2023.

“Os resultados mostram os brasileiros mais apertados do que em 2022: o orçamento continua encurtando. Ou seja, a saúde financeira do brasileiro se estabilizou, mas os desafios em equilibrar o orçamento seguem crescendo. Ações que os bancos promovem para renegociar dívidas, por meio dos Mutirões Nacionais em parceria com o Banco Central, Senacon e Procons ou iniciativas como o Desenrola Brasil, trazem alívio financeiro e contribuem para o resgate da capacidade econômica do consumidor”, afirma o diretor Amaury Oliva.

 

 

 

 

 

ESTRESSE NO LAR E PERSPECTIVA DE FUTURO

Apesar dos desafios de equilibrar o orçamento, a terceira rodada do I-SFB 2023 mostra, ainda, melhora com relação ao tempo de estresse gerado pela situação financeira nos lares brasileiros.

Para aqueles que declararam ter seu ambiente familiar “Totalmente” ou “Muito afetado” pela situação financeira o percentual caiu de 29,1% para 28,5% (uma variação de -0,6pp).

Menos gente também afirmou que a situação financeira está pressionando o padrão de vida. Em 2023, 47,9% das pessoas disseram que os compromissos financeiros geram “Nada” ou “Pouco” de pressão sobre o seu padrão de vida. Isso representa aumento de 1,8 ponto percentual sobre os 45,8% da rodada 2.

As perspectivas de futuro também seguem nos mesmos níveis de 2022. Em 2023, 31,9% dos entrevistados disseram estar garantindo “Totalmente” ou “Muito” seu futuro financeiro, enquanto 38,7% disseram estar garantindo seu futuro financeiro “Pouco” ou “Nada”. Em 2022, esses números eram 32,3% e 39,4% respectivamente.

“Para assegurar que mais pessoas possam melhorar a sua saúde financeira, a Febraban lançou uma nova campanha de orientação financeira com o ator Leandro Hassum e influenciadores do Digital Favela, destacando a importância da educação financeira na vida das pessoas. A campanha também promove o uso da Plataforma Meu Bolso em Dia, criada com o apoio do Banco Central, que traz cursos, conteúdos e trilhas personalizadas, de forma prática, amigável e descomplicada, lembra Amaury Oliva.

 

 

 

 

Mais informações e o acesso à íntegra da pesquisa sobre o I-SFB estão portal I-SFB, da Febraban.

 

Febraban - Federação Brasileira de Bancos
Diretoria de Comunicação
imprensa@febraban.org.br

 

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