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21/11/2023

Estimativa para crescimento da carteira de crédito em 2023 recua para 7,4%, mostra pesquisa

Já para 2024, projeção foi revisada para cima, de 8,1% para 8,3% devido a fatores como a queda da Selic e inadimplência, especialmente no crédito voltado às famílias

 

A projeção feita pelos bancos para a expansão da carteira de crédito neste ano mostrou nova redução, passando de 7,6% para 7,4%, com revisão para baixo em praticamente todos os segmentos, mostra a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de novembro. Já para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 8,1% para 8,3.

O levantamento é realizado a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e mostra a estimativa dos bancos para o comportamento de diversas variáveis da economia ao longo deste e do próximo ano. Esta edição foi feita com entrevistas com 19 bancos entre 8 e 13 de novembro. Com este olhar prospectivo , essa pesquisa se diferencia da Pesquisa Especial de Crédito, divulgada mensalmente e que procura antecipar os números do mês anterior divulgados pela Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.

De acordo com o levantamento, para a carteira livre, a expectativa de crescimento caiu de 6,4% para 6,1%, devido à queda da projeção para o desempenho da carteira destinada às empresas, que recuou de uma alta de 2,3% para 1,3%. Por outro lado, a projeção da carteira destinada às famílias subiu de 9,1% para 9,5%.

Já em relação à carteira direcionada, a expectativa saiu de uma alta de 9,2% para 8,8%, com queda tanto na projeção tanto da carteira pessoa jurídica (de 7,3% para 6,9%), como pessoa física (de 10,2% para 9,8%), que ainda assim, seguirá com um bom ritmo de expansão, sustentada pelos programas públicos de crédito e o crédito rural.

Já para 2024, a projeção da carteira total foi novamente revisada para cima, de 8,1% para 8,3%. A alta foi puxada pela carteira com recursos direcionados (de 7,8% para 8,5%), especialmente pessoa física (de 7,9% para 9,1%). Já a projeção para o crescimento da carteira livre caiu de 8,4% para 8,2%.

A pesquisa capturou ainda que em relação à taxa de inadimplência da carteira livre há estabilidade na projeção para 2023, seguindo em 4,9%, nível atual do indicador (dado de setembro do Banco Central), reforçando o entendimento de que a trajetória de alta da inadimplência provavelmente se encerrou ou está bem próxima do seu  pico. Para 2024, houve ligeira alta, com a expectativa passando de 4,5% para 4,6%, mas ainda numa trajetória esperada de queda.

“Em geral, a pesquisa seguiu apontando uma revisão para baixo na expectativa para o crescimento do crédito neste ano, na esteira dos números ainda relativamente modestos que temos observado. Contudo, a queda da taxa de juros e da inadimplência, especialmente na carteira de crédito destinada às famílias, dá alguma confiança aos agentes de que o mercado de crédito tende a voltar a ganhar tração em 2024, o que provavelmente explica essa melhora das expectativas” analisa Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Selic

Em relação à taxa Selic, a maioria dos participantes da pesquisa (88,2%) entendeu como adequada a sinalização do Copom de novos cortes de 0,50 ponto percentual  nas próximas reuniões, apesar da piora do cenário externo e do cenário inflacionário relativamente benigno, que poderiam alterar o ritmo de queda dos juros.

Assim, a expectativa (mediana) é que o ritmo de cortes permaneça em 0,50 ponto percentual, com a Selic encerrando 2023 em 11,75% ao ano (e seguindo neste mesmo ritmo até pelo menos junho de 2024, quando chegaria em 9,75% ao ano).

Quanto à taxa Selic no fim do ciclo, a maioria dos participantes (52,9%) já prevê um nível superior a 9,25% ao ano, patamar apontado até o momento como a mediana do boletim Focus. Assim, a pesquisa sugere que o viés do consenso para a taxa Selic em 2024 segue em alta.

Câmbio

O levantamento mostrou que em relação a taxa de câmbio (R$/US$), a expectativa é de estabilidade na faixa de R$ 5,00 até o 1º semestre de 2024.

Atividade econômica

Em relação à atividade econômica, 70,6% dos participantes esperam que o crescimento econômico em 2024 fique em linha com o consenso (+1,5%), enquanto cerca de 30% entendem que há um viés de alta para tais projeções, na esteira das sucessivas surpresas positivas observadas nos últimos anos. A pesquisa mostrou que nenhum participante apontou viés de baixa.

Cenário internacional

No cenário internacional, a ampla maioria (82,4%) dos participantes espera que o Fed não suba mais os juros e comece a reduzi-los em meados do 2º semestre de 2024, em linha com o cenário-base do mercado.

 

A íntegra da a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de novembro pode ser vista neste link.

 

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