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12/04/2023

Bancos esperam expansão de 7,9% da carteira de crédito para 2023 (ante 8,3%) e de 7,6% em 2024

Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas mostra  que revisão para baixo foi puxada pelo menor desempenho do crédito livre, em especial aquele destinado às empresas

 

Depois de registrar ligeira melhora em fevereiro, as projeções feitas pelos bancos sobre a expansão do mercado de crédito neste ano recuaram de 8,3% para 7,9%, revela a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas, realizada a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A revisão foi encabeçada pela redução na expectativa de desempenho do crédito livre, que passou de 8,2% para 6,8%, em especial no segmento destinado às empresas, que recuou de 7,3% para 5,1%.

No caso das empresas, essa reversão reflete especialmente alteração recente neste mercado de crédito, diante de acontecimentos das últimas semanas, particularmente a maior cautela na concessão de crédito em razão dos episódios envolvendo as Lojas Americanas. Ao mesmo tempo, houve também redução na projeção para a expansão da carteira livre destinada às famílias (de 8,7% para 8,3%), possivelmente consequência do cenário de maior inadimplência e desaceleração econômica, que normalmente torna as concessões mais seletivas.

O levantamento captou, por outro lado, que a projeção para o crescimento do crédito direcionado permaneceu estável em 8,4%.

“Assim como os números de fevereiro, a Pesquisa indica uma preocupação especial com o mercado de PJ no segmento livre”, analisa Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban. “As condições financeiras mais apertadas, o recuo da atividade e o episódio Americanas vêm afetando bastante o mercado de crédito para as empresas e provavelmente teve impacto importante nas projeções dos analistas”, complementa o diretor da Febraban. 

Para 2024, a média das projeções para a expansão da carteira teve ligeira alta, passando de 7,4% para 7,6%, indicando alguma estabilização do ritmo de crescimento do crédito, após o recuo esperado para este ano. Esse aumento, avalia Sardenberg, “pode indicar uma perspectiva melhor para o segmento no próximo ano, que pode se elevar ainda mais nos próximos levantamentos a depender de uma melhora no quadro macro e do consequente início do processo de flexibilização monetária”.

A Pesquisa FEBRABAN, realizada com 19 bancos entre 29 de março e 04 de abril, reúne as percepções das instituições financeiras sobre a ata da reunião do Copom, do Banco Central e as projeções para o desempenho das carteiras de crédito no ano corrente e no próximo.  

Fiscal e Selic

O levantamento captou melhora em relação à política monetária, com alguma antecipação das expectativas para o início da flexibilização monetária e queda de juros. A maioria (63,2%) acredita que o movimento ocorra já no 3º trimestre (ante 38,9% na pesquisa de fevereiro). Assim, a mediana das expectativas projeta o início da flexibilização para setembro (-0,5 pp), dando continuidade no encontro de novembro, que levaria a Selic para 13,0% ao ano.

O levantamento também aponta que a maioria dos participantes (68,4%) avalia que a comunicação do Copom foi adequada ao não sinalizar um horizonte de corte da taxa Selic. Para outros 26,3%, o colegiado já poderia condicionar o início da flexibilização em caso de piora da atividade/crédito, dando mais flexibilidade para sua próxima decisão.

PIB

Quanto à atividade, pouco mais da metade (52,6%) dos participantes entende que as atuais projeções do Produto Interno Bruto (PIB) estão bem calibradas e o crescimento deve ficar próximo a 1,0% em 2023. O viés das expectativas ainda parece ser de alta, uma vez que 31,6% esperam alguma surpresa positiva, com alta acima de 1,0% no ano.

Inflação

Em relação às projeções de inflação, cerca da metade (47,4%) dos entrevistados acredita que a inflação deve ficar acima de 6,0% aa em 2023, com riscos de alta prevalecendo. Outros 42,1% esperam uma inflação entre 5,50% e 6,0% aa.

Inadimplência

A projeção da taxa de inadimplência da carteira livre também se alterou tanto para 2023 como para 2024. É esperada inadimplência de 4,7% da carteira livre para 2023, ante 4,4% na pesquisa anterior, refletindo novas expectativas das Instituições Financeiras com o cenário macroeconômico. O resultado representa ainda uma revisão ante o atual nível do indicador, que estava em 4,5% em fevereiro. Mas para 2024 a projeção saiu de 4,3% para 4,6%, representando ligeira melhora com relação à expectativa para a taxa deste ano.

Mercado americano

Quanto ao aperto monetário nos Estados Unidos, 63,2% dos entrevistados projetam que os juros (Fed Funds) terminarão o ano entre 5,0% e 5,25% ao ano, o que equivale a mais uma alta de 0,25 pp pelo Banco Central americano, ante o intervalo atual, apesar dos problemas recentes no setor bancário do país.

.A Pesquisa de Economia Bancária pode ser acessada neste link

  

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