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10/04/2023

Bancos e Entidades Sindicais Bancárias lançam Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher

Nova cláusula incluída na Convenção Coletiva de Trabalho foi negociada nacionalmente pelo Movimento Sindical e pelos Bancos, contando com ONGs reconhecidas em todo o país e promovem ações voltadas a toda sociedade

 

Três anos depois da inclusão pioneira no país de um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), prevendo ações a serem tomadas pelos bancos para prevenir a violência doméstica e familiar contra as mulheres bancárias, a Febraban e as entidades sindicais bancárias lançam nesta segunda-feira, dia 10 de abril, o Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher.

Essas Iniciativas foram incorporadas na Convenção Coletiva assinada em 2022, como Cláusula 86, que estabelece a realização de ações por meio de institutos especializados, contratados especificamente para conscientização, a respeito da prevenção à violência contra a mulher.

Contando com a parceria de institutos de referência nacional, o programa reforça as ações dirigidas não somente às bancárias e aos bancários, mas também voltadas a sociedade, em todas as regiões do País.

De acordo com o programa, os institutos contratados darão treinamento para representantes indicados pelas entidades sindicais signatárias da CCT, além de consultoria e aconselhamento sobre o tema aos integrantes dos grupos técnicos de diversidade da Febraban e do Movimento Sindical Bancário.

Estes são os institutos de referência que desenvolverão as ações do programa:

Instituto Maria da Penha: O instituto, que surgiu da história de vida de Maria da Penha - símbolo de luta no combate à violência doméstica contra a mulher - tem como objetivo contribuir para a aplicação da lei, “bem como monitorar a implementação e o desenvolvimento das melhores práticas e políticas públicas para o seu cumprimento, promovendo a construção de uma sociedade sem violência doméstica e familiar contra a mulher.”

O Papo de Homem tem como foco o movimento de transformação das masculinidades, incluindo todas as interseccionalidades que o atravessam, como as questões de raça, classe, gênero, orientação sexual, regionalismos e diferentes correntes religiosas.

O Mee Too Brasil tem por objetivo ajudar as vítimas a romperem o silêncio, trabalhando de forma voluntária e contando com mulheres e homens comprometidos com o enfrentamento da violência sexual no Brasil e com ampla expertise em suas respectivas áreas de conhecimento.

Há 31 anos, o setor bancário realiza a mais abrangente negociação sindical do país, de forma nacional e unificada, alcançando todos os 453 mil bancários. E, há mais de duas décadas, a categoria bancária tornou-se a primeira a conquistar cláusulas em acordo coletivo sobre igualdade de oportunidades e a única a manter uma mesa permanente de negociações com representantes patronais sobre questões de gênero, raça e orientação sexual.

Pela norma coletiva assinada em 2020, as instituições se comprometeram a implementar canais de apoio para encaminhamento e tratamento, em sigilo, de questões relativas à violência contra a mulher. Também assumiram o compromisso de enviar comunicado interno às lideranças e demais funcionários com o objetivo de informar sobre os tipos de violência doméstica e as condutas a serem adotadas nas situações que envolvem denúncias. 

Atualmente, 48% dos bancários são mulheres, enquanto no mercado de trabalho esse percentual é de 40%. No setor, as mulheres ocupam cerca de 40% das posições de liderança em geral, também superior à média Brasil, que é de 35%. A ocupação das posições de liderança estratégica entre as mulheres no Setor é de 26,5%, enquanto no Brasil é de 19%. O salário médio das bancárias é R$ 7.797,00, superior à média das mulheres no Brasil, que é de R$ 2.305,00.

 

Febraban – Federação Brasileira de Bancos
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