Uso de cheques no país mantém queda e reduz 14% no primeiro semestre
O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020 fazem com que o uso do cheque no país continue mantendo a queda verificada nos últimos anos. No primeiro semestre de 2022, o número de documentos compensados no Brasil atingiu 103,9 milhões, uma redução de 13,8% em relação ao mesmo período de 2021, quando totalizou 120,6 milhões de documentos compensados
Documentos compensados atingiram 103,9 milhões nos seis primeiros meses deste ano ante 120,6 milhões em igual período do ano passado
O avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile banking, e a criação do Pix em 2020 fazem com que o uso do cheque no país continue mantendo a queda verificada nos últimos anos. No primeiro semestre de 2022, o número de documentos compensados no Brasil atingiu 103,9 milhões, uma redução de 13,8% em relação ao mesmo período de 2021, quando totalizou 120,6 milhões de documentos compensados.
As estatísticas têm como base a Compe - Serviço de Compensação de Cheques. No ano passado, o número de cheques compensados no Brasil caiu para 218,9 milhões, uma redução de 93,4% em relação ao ano de 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques. Na comparação com 2020, a queda foi de 23,7% - naquele ano, foram compensados 287,1 milhões de documentos em todo o país.
“O cliente bancário tem deixado, cada vez mais, de usar cheques, e optado por outros meios de pagamento, em especial os canais digitais, que hoje são responsáveis por 70% das operações bancárias no país. E a crescente digitalização do cliente bancário foi impulsionada, também, pela entrada em funcionamento do Pix, em novembro de 2020. Só neste primeiro semestre foram feitas 9,74 bilhões de transações totalizando R$ 4,66 trilhões”, afirma Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da FEBRABAN.
Apesar da redução do número dos cheques compensados neste primeiro semestre, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável passando de R$ 333,5 bilhões nos seis primeiros meses de 2021 para R$ 333,3 bilhões no mesmo período deste ano. “Os números mostram que o valor médio do cheque é mais alto, o que significa que a população está usando este meio de pagamento para transações de maior valor, enquanto as transações menores e do dia a dia são feitas com o Pix”, avalia Walter Faria.
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Estatísticas de cheques no Brasil |
|
Ano |
Compensados |
Variação de |
1995 |
3.334.224.724 |
|
1996 |
3.158.118.845 |
-5,28% |
1997 |
2.943.837.133 |
-11,71% |
1998 |
2.748.906.075 |
-17,55% |
1999 |
2.602.863.723 |
-21,93% |
2000 |
2.637.492.836 |
-20,90% |
2001 |
2.600.298.561 |
-22,01% |
2002 |
2.397.295.279 |
-28,10% |
2003 |
2.246.428.302 |
-32,63% |
2004 |
2.106.501.724 |
-36,82% |
2005 |
1.940.344.627 |
-41,81% |
2006 |
1.709.352.834 |
-48,73% |
2007 |
1.533.452.222 |
-54,01% |
2008 |
1.396.544.544 |
-58,11% |
2009 |
1.234.971.610 |
-62,96% |
2010 |
1.120.364.198 |
-66,40% |
2011 |
1.012.774.771 |
-69,62% |
2012 |
914.214.328 |
-72,58% |
2013 |
838.178.679 |
-74,86% |
2014 |
755.816.648 |
-77,33% |
2015 |
672.014.638 |
-79,84% |
2016 |
576.404.408 |
-82,71% |
2017 |
494.055.868 |
-85,18% |
2018 |
436.204.425 |
-86,92% |
2019 |
384.278.195 |
-88,47% |
2020 |
287.196.448 |
-91,39% |
2021 |
218.944.650 |
-93,43% |
1º Semestre |
Compensados |
Variação semestral |
2021 |
120.614.520 |
|
2022 |
103.901.380 |
-13,8% |
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