Segurança cibernética, Inteligência Artificial e Open Finance são prioridades para os bancos em 2022
Tecnologias voltadas à segurança cibernética e Inteligência Artificial (IA) estão no topo das prioridades em investimentos em tecnologia para 100% dos bancos participantes da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2022, realizada pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. O levantamento, que a partir deste ano será divulgado em três fases, revela, ainda, que para 78% dos bancos a análise e a exploração dos dados obtidos via Open Finance, sistema que cria novos modelos de negócios digitais com o uso de APIs (sigla em inglês para interfaces de programação de aplicativos), são uma prioridade neste ano, ao lado da transformação cultural das instituições financeiras
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, feita pela Deloitte, também revela que a transformação cultural das instituições financeiras ganha destaque na agenda dos bancos; a partir deste ano, levantamento será divulgado em três fases
Tecnologias voltadas à segurança cibernética e Inteligência Artificial (IA) estão no topo das prioridades em investimentos em tecnologia para 100% dos bancos participantes da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2022, realizada pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo. O levantamento, que a partir deste ano será divulgado em três fases, revela, ainda, que para 78% dos bancos a análise e a exploração dos dados obtidos via Open Finance, sistema que cria novos modelos de negócios digitais com o uso de APIs (sigla em inglês para interfaces de programação de aplicativos), são uma prioridade neste ano, ao lado da transformação cultural das instituições financeiras.
A Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária chega à sua 30ª edição e, neste primeiro volume, destaca qual é a agenda e quais são os investimentos prioritários dos bancos brasileiros em tecnologia em 2022. A segunda etapa irá revelar e detalhar os investimentos feitos em tecnologia pelos bancos em 2021; na terceira parte será divulgado um raio-x das transações bancárias feitas pelos brasileiros no ano passado.
Participaram da parte quantitativa deste primeiro volume do levantamento 24 bancos, que correspondem a 90% dos ativos bancários do Brasil; 34 executivos atuantes na área de tecnologia bancária de 18 bancos concederam as entrevistas para a parte qualitativa.
Com as transações cada vez mais digitais, as temáticas da cibersegurança e da segurança da informação atraem olhares significativos das instituições financeiras. Anualmente, os bancos investem, em média, cerca de 10% de seu orçamento de tecnologia da informação (TI) à segurança cibernética – valor que pode ser estimado em R$ 2,5 bilhões.
“Não iniciamos ontem. Foram os bancos brasileiros, e não as fintechs ou as startups, que, ao longo das últimas três décadas, estiveram e continuam na vanguarda da tecnologia bancária mundial. Ser digital, inovador e moderno, e sobretudo seguro e confiável, sempre esteve no DNA dos bancos. Não transigimos com isso”, afirma Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano com segurança. Os bancos contam com o que há de mais moderno em relação a segurança cibernética e prevenção a fraudes e usam tecnologias de ponta em processos de prevenção de riscos para que milhões de pessoas continuem fazendo suas operações financeiras do dia a dia com comodidade e tranquilidade, sem precisarem sair de suas casas”, complementa Isaac Sidney.
Inteligência Artificial
Ao lado da cibersegurança e da segurança da informação, outra prioridade apontada na pesquisa, a Inteligência Artificial, tem revolucionado os serviços bancários e está aproximando os bancos de seus clientes, permitindo que o atendimento fique cada vez mais personalizado e consultivo. Todas as instituições participantes esperam aumentar seus investimentos neste ano nessa área.
As aplicações de IA são usadas em interações para aprimorar a experiência do cliente nos canais digitais, por meio dos chatbots e assistentes virtuais. Aqui, os robôs são dotados da capacidade de “pensar” como seres humanos, o que inclui tomar decisões a partir do cruzamento de dados. Com isso, ajudam a tirar dúvidas, fornecer informações, auxiliar em consultas e até sugerir investimentos. A tecnologia também tem sido muito usada pelos bancos na parte de crédito e de cobrança e no processamento de regras para controle de acesso e em sistemas antifraude.
Os robôs não são apenas assistentes virtuais que ajudam clientes em suas operações, mas também atuam nos bastidores das instituições financeiras. Segundo a pesquisa, a eficiência operacional sempre estará na agenda dos bancos e, por isso, a automação é relevante. A simplificação e a redefinição de processos tradicionais via automação ou robotização podem levar a ganhos de eficiência e de controle e segurança.
As tecnologias mais aplicadas
Outras tecnologias as quais os investimentos também deverão ser ampliados ao longo deste ano são Cloud Pública (94%), Big Data (94%), Process Mining (78%), Internet das Coisas (75%), Blockchain (67%) e Computação Quântica (50%).
“Investimentos robustos em tecnologias de ponta têm proporcionado a criação de produtos e soluções bancárias inovadores para o mercado. Iremos continuar ajudando o cliente na inclusão digital para que ele tenha, de forma ininterrupta, acesso a serviços com mais eficiência e maior valor agregado”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da FEBRABAN.
Open Finance
O Open Finance, começou a ser implementado no Brasil em fevereiro do ano passado, é prioridade para 78% dos bancos em sua agenda de tecnologia para 2022, no que se refere a análise e exploração dos dados compartilhados pelos clientes.
“No Open Finance, Inteligência Artificial e Cloud serão fundamentais na criação das capacidades necessárias para que os bancos explorem o valor dos dados compartilhados. As estratégias das instituições financeiras começam a ser articuladas e espera-se que a adoção dos clientes aumente à medida que os consumidores percebam os benefícios do compartilhamento”, avalia Sérgio Biagini, sócio-líder para a indústria de serviços financeiros da Deloitte.
Transformação cultural
A transformação cultural do banco também foi citada como prioridade por 78% dos participantes.
Segundo a pesquisa, os bancos têm percebido que, para transformação digital ocorrer de maneira efetiva, são necessárias mudanças de dentro para fora em relação a conhecimento, valores, cultura e modo de operar e servir. Para isso, é necessário um time com conhecimentos técnicos e de negócios, inserido em produtividade e em uma cultura focada na agilidade e na centralidade do cliente.
O levantamento revelou, ainda, que 91% dos bancos participantes afirmam que decidiram alavancar os canais digitais como principal meio de relacionamento e como forma de entregar uma melhor experiência ao cliente em suas transações financeiras. Já 87% afirmam que a alta expectativa do cliente em relação aos canais digitais e à sua usabilidade impulsionaram a digitalização do banco.
Confira a primeira parte da pesquisa neste link.
FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
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