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25/11/2020

Saldo da carteira de crédito em outubro deve crescer 14,3% na variação em 12 meses, mostra pesquisa

Levantamento feito com os principais bancos do país mostra que estimativa de crescimento com carteira destinada às famílias é de 1,5% na comparação mensal e de 9,5% na comparação anual

O saldo total de crédito em outubro deve apresentar alta de 1,4% na variação mensal e crescimento de 14,3% na variação em 12 meses, revela a Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN, feita com os principais bancos do país, que representam, dependendo da linha de crédito, de 40% a 90% do saldo total do sistema financeiro nacional.

“O levantamento mostra sinais da retomada do consumo das famílias, já que a carteira livre pessoa física comtempla linhas bastante cíclicas, como o cartão de crédito à vista e a de aquisição de veículos, que se beneficiam da redução das taxas de juros e das condições bastante favoráveis de acesso ao crédito”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. 

A Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN retrata as estimativas (prévias) do Saldo e da Concessão de Crédito do mês anterior à sua publicação e os resultados são informados  pelas instituições financeiras com alguns dias de antecedência à publicação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, que neste mês será divulgada  na próxima sexta-feira (27).

O resultado decorre da estimativa de um desempenho similar das carteiras de pessoa física e pessoa jurídica, que devem crescer 1,5% e 1,4%, respectivamente. Em relação à carteira destinada às famílias, o crescimento deve ser mais expressivo nas linhas com recursos livres, cuja carteira deve crescer 1,9% no mês, acelerando a taxa de crescimento em 12 meses, de 8,7% para 9,1%.

A carteira direcionada pessoa física, por sua vez, deve crescer 1,0% no mês, e acumular expansão de 10,0% em 12 meses, liderada pelo crédito imobiliário. 

Já a carteira destinada às pessoas jurídicas, cujo crescimento mensal estimado é de 1,4%, deve acelerar sua expansão anual para 21,0%, ante 18,3% registrados em setembro. O levantamento com as instituições financeiras mostra que o crescimento deve ser liderado pela carteira com recursos direcionados (+3,9%), que deve mostrar expansão de 12,0% em doze meses, impulsionada pelos programas públicos.   

Já a carteira pessoa jurídica livre deve ficar próxima à estabilidade no mês (-0,1%). No entanto, na comparação em 12 meses, deverá mostrar nova aceleração de 26,5% para 27,2%, maior patamar registrado desde março de 2009 (+28,5%), em razão do elevado crescimento das operações de capital de giro. “Isto reforça mais uma vez o papel que o sistema financeiro tem desempenhado durante a crise da Covid-19, sempre buscando mitigar os impactos negativos da pandemia”, avalia Isaac Sidney.

Concessões

Segundo a Pesquisa Especial de Crédito, as concessões devem apresentar retração mensal de 3,8% em outubro, desacelerando o ritmo de expansão no resultado acumulado em doze meses para 7,1% (ante 8,5% em setembro). É importante citar que tais dados não possuem ajuste sazonal, o que pode causar alguma distorção na comparação. 

O resultado deverá refletir especialmente o arrefecimento das concessões para as empresas com recursos direcionados, que devem recuar 10,2%. O resultado decorre de uma acomodação das linhas relacionadas aos programas do governo, especialmente o Pronampe, cujos recursos da última fase do programa esgotaram-se em setembro. Entretanto, isso não altera o cenário de forte expansão das concessões de crédito pessoa jurídica, que deve se manter acima de dois dígitos (+13,6%), no acumulado em 12 meses.

Já as concessões para as pessoas físicas devem mostrar alta mensal de 2,4%, em linha com a retomada do consumo das famílias, como já abordado anteriormente.

Ajuste Metodológico

O Banco Central informou em comunicado no último dia 19 que a próxima nota de crédito terá mudanças na classificação de operações relativas a programas de enfrentamento aos efeitos da pandemia da Covid-19. São eles: Pese (Programa Emergencial de Suporte a Empregos), Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), PEAC-FGI (Programa Emergencial de Acesso a Crédito, que conta com amparo do Fundo Garantidor para Investimentos), PEAC-Maquininhas (Programa Emergencial de Acesso a Crédito na modalidade de garantia de recebíveis) e CGPE (Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas).

De acordo com o regulador, as operações com os programas emergenciais deverão ser classificadas como “Outros créditos direcionados”. Algumas instituições estavam classificando estas operações como capital de giro com recursos livres. A revisão também valerá para períodos retroativos à divulgação do comunicado.

Tal revisão pode levar a alguma discrepância nos resultados divulgados nesta pesquisa com o que será efetivamente divulgado pelo Banco Central, dada a mudança da base de comparação. Por sua característica mais volátil, esta discrepância pode acontecer especialmente no caso das estimativas sobre a evolução mensal das concessões de crédito.

A Pesquisa Especial de Crédito pode ser acessada neste link.

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