Como alerta aos brasileiros para o uso seguro da internet e dos canais digitais, FEBRABAN e bancos promovem até sábado (26) a Semana da Segurança Digital
A FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e mais 24 bancos intensificam, até o próximo sábado (26), suas ações de comunicação para contribuir com o uso seguro da internet e dos canais digitais, contra golpes e fraudes no ambiente digital. A ação, intitulada Semana da Segurança Digital, começou no último dia 20, e orienta a população a se prevenir de fraudes como o golpe do WhatsApp, de falsas promoções, da troca de cartão, entre outros crimes que geram prejuízos financeiros e dão muita dor de cabeça ao consumidor.
“Queremos contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de prevenção a fraudes e do uso seguro dos canais digitais no país”, afirma Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN.
Cada banco participante está promovendo, de forma independente, ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes, usando as hashtags #SegurançaDigital/ #SemanadaSegurançaDigital / #CompartilheSegurançaDigital. Além da FEBRABAN, Participam da ação de conscientização os bancos Agibank, Banco BS2, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco Original, Banese, Banestes, Banpará, Banrisul, Bradesco, BRB, Caixa, C6 Bank, Inter, Itaú, Original, Pan, Safra, Santander, Semear, Sicoob, Sicredi, Tribanco e Votorantim.
A ação é inédita no Brasil e se inspira em campanhas similares desenvolvidas tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, com envolvimento de vários setores da economia. Também nesses locais, essas campanhas ocorrem antes da Black Friday, quando há um grande volume de ofertas no comércio digital.
Neste ano, segundo projeção da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce espera faturar R$ 3,45 bilhões na Black Friday, alta de 18% em relação ao ano passado.
De acordo com Adriano Volpini, a população tem um comportamento de segurança no mundo digital diferente do mundo físico, em que as pessoas já se acostumaram a tomar cuidados com carteiras, pertences e celulares, quando estão em locais públicos e de grande movimentação.
Conscientemente as pessoas sabem o que podem ou não podem fazer, nota Volpini. Mas esse discernimento não é tão comum no mundo digital como deveria, adverte.
Volpini relata que atualmente, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais. O cliente é induzido a informar os seus códigos e senhas para os estelionatários, o que gera as fraudes e golpes. “Seja pelo telefone, por e-mail, pelas mídias sociais, SMS, o fraudador solicita dados pessoais do cliente, como números de cartões e senhas, em troca de algo, ou ainda induz o usuário a ter medo de alguma situação.”
Como exemplo, ele cita o oferecimento de prêmios inexistentes; ofertas tentadoras e atrativas que, na verdade, direcionam para sites falsos; ou, ainda o uso de avisos para que a pessoa recadastre urgentemente seus dados junto a uma instituição, sob o risco de ter contas encerradas, caso não o faça. “Seus dados pessoais jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras”, lembra Volpini. “Na dúvida, sempre procure seu banco para obter esclarecimentos.”
Em sua ação de alerta e prevenção, a FEBRABAN destacou os seis principais golpes que mais dão dor de cabeça para os consumidores. “Tem coisa na vida que não dá para evitar. Mas, as fraudes, você pode evitar”, é o slogan da campanha, que se estenderá até o fim de dezembro. A campanha está disponível no hot site www.antifraudes.febraban.org.br
Saiba quais são as fraudes virtuais mais comuns e o que fazer para evitá-las:
1- Golpe do WhatsApp
O que é?
Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela, pedindo dinheiro emprestado.
Como evitar
Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas” (Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas). Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app.
2- Falso Motoboy
O que é?
O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário do banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede a senha, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.
Como evitar?
Fique atento: nenhum banco pede o cartão de volta ou se oferece para retirá-lo. Então, desligue o telefone e ligue, de outro aparelho, para o banco, para verificar se realmente houve alguma irregularidade.
3- Troca de cartão
O que é?
Ao entregar a maquininha para digitar a senha, o bandido se aproveita de alguma distração ou usa algum truque para desviar a atenção do comprador, que, sem perceber, digita a senha no campo de valor. Com isso, aparecem na tela os números digitados e não os asteriscos que deveriam aparecem no campo correto. O golpista consegue, assim, roubar a senha. Ainda aproveitando a falta de atenção, ele troca o cartão e devolve um similar, até do mesmo banco. O consumidor só vai perceber a troca ao tentar usar o cartão novamente.
Como evitar?
Fique atento ao seu cartão e sempre confira se realmente é o seu na hora da devolução. Veja se a senha está sendo digitada na tela certa. Lembre-se que o campo de senha mostra apenas asteriscos, nunca os números digitados.
4- Golpe da dupla operação
O que é?
O bandido finge que o cartão não passou na maquininha e alega um problema qualquer do aparelho. Em seguida, ele pega outra maquininha e cobra novamente o valor (o mesmo, ou maior). O truque só é percebido ao se conferir o extrato, que revela o prejuízo.
Como evitar?
Para evitar, baixe o app do seu banco ou de seu cartão e ligue a notificação a cada compra realizada. Antes de passar o cartão novamente, verifique se o valor da compra está correto. Sempre peça e confira o recibo, para ver se a operação foi realizada corretamente. E, se algo der errado, você sempre pode pedir para cancelar a operação imediatamente.
5- Golpe da falsa central telefônica
O que é?
Os bandidos ligam, dizem ser da central antifraude do banco e pedem dados confidenciais. Eles podem usar até recursos tecnológicos, como gravações e menus, iguais aos dos bancos para aumentar a confiança da vítima. Com essas informações e a senha fornecida, os criminosos conseguem alterar os bloqueios de segurança utilizados pelo banco, e conseguem, inclusive, limpar a conta bancária alvo do golpe.
Como evitar?
O banco nunca liga pedindo dados pessoais. Na dúvida, desligue o telefone e avise seu gerente, sempre usando outro aparelho se o contato for por meio de telefonema.
6-Golpe da falsa promoção
O que é?
A pessoa recebe um e-mail ou mensagem com ofertas tentadoras e atrativas, com links que, na verdade, direcionam para um site falso. Acreditando se tratar de uma página confiável, o consumidor fornece dados sigilosos, como número de cartão e senhas. Com essas informações, o bandido realiza transações, burla bloqueios de segurança, desbloqueia cartões e confirma dados.
Como evitar?
Sempre verifique se o endereço da página é o correto. Para garantir, não clique em links: digite o endereço no navegador. Além disso, nunca acesse links ou anexos de e-mails suspeitos. Mantenha seu sistema operacional e antivírus sempre atualizados. Sempre prefira comprar em sites conhecidos, e nunca use computadores públicos para comprar algo no comércio virtual. Não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido por SMS ou imagem de um QR Code enviado para autenticar alguma operação. Na dúvida, fale com seu banco.