Carteira de crédito livre deve manter bom ritmo de crescimento até o final do ano
Segundo Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária, crédito pessoal, incluindo o consignado, e linhas de financiamento de veículos para pessoas físicas são os principais responsável pelas projeções positivas
Os bancos estão mais otimistas com relação ao desempenho da carteira de crédito livre, no qual não há direcionamento obrigatório para os recursos. Para 85% dos participantes da Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária, essa modalidade de crédito deve manter, ou ainda acelerar, o bom ritmo de crescimento até o final do ano.
A Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária é feita a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No mês de agosto, 21 bancos participaram da pesquisa. Juntos, eles representam cerca de 80% do mercado de crédito brasileiro.
A pesquisa tem como objetivo captar as percepções das instituições financeiras sobre a última ata do Copom e as projeções para o desempenho do mercado de crédito para o ano corrente e o próximo.
As projeções de avanço da carteira livre em 2019 apresentaram ligeira melhora: de 11% em julho, quando foi realizada a edição anterior da pesquisa, para 11,3% em agosto. O crédito para as famílias é o principal propulsor da expansão e deve registrar crescimento de 12,7% (ante 12,4% apurado na pesquisa feita em julho).
Merecem destaque o crédito pessoal, incluindo o crédito consignado, cuja expectativa de crescimento avançou de 11,1% (julho) para 11,3% (agosto), e as linhas de financiamento de veículo, que tiveram as projeções de desempenho revistas de 14% para 14,9% na mesma comparação.
Entre as justificativas para a melhoria das expectativas para o crescimento do crédito livre estão o avanço das reformas econômicas, cenário inflacionário confortável, liberação de recursos do FGTS e PIS/Pasep e regulamentação do cadastro positivo.
Taxa Selic
Além de projeções para o mercado de crédito, a pesquisa também mapeou as expectativas com relação à evolução da Selic. Para 95,2% dos participantes, o Comitê de Política Monetária (Copom) fará outro corte de 0,5pp na taxa básica de juros na reunião do grupo em setembro. Entre os fatores que justificam a crença de manutenção do ciclo de redução estão o menor risco de frustração com as reformas econômicas, o cenário inflacionário confortável e as expectativas ancoradas na meta.
Não há consenso no setor sobre a duração do atual ciclo de afrouxamento monetário. Para 42,9% dos executivos ouvidos, a Selic deve fechar o ano em 5,25%. Outros 38,1% acreditam que o corte será mais profundo, com a taxa básica terminando 2019 em 5,0%.
O conteúdo na íntegra edição de maio da Pesquisa FEBRABAN de Economia Bancária e Expectativas está disponível no link https://portal.febraban.org.br/pagina/3235/21/pt-br/expectativas