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30/07/2019

Dispositivo que mancha cédulas já está em quase 80% dos ATMs de cidades com até 50 mil habitantes

Nos municípios acima de 50 mil habitantes, um terço dos terminais de autoatendimento contém dispositivos para reduzir os ataques a caixas eletrônicos

 

Dispositivos com tinta especial colorida que inutilizam cédulas nos casos de ataques a caixas eletrônicos (ATMs) já foram instalados pelos bancos, até o último mês de maio, em 75,6% dos ATMs em municípios brasileiros com até 50 mil habitantes. Nas cidades entre 50 mil e 500 mil habitantes, 30% dos ATMs já têm a tecnologia do entintamento.

A medida faz parte do compromisso dos bancos de combater a esse tipo de crime, e adequar-se à nova legislação. A lei 13.654, de abril de 2018, introduziu importantes alterações no Código Penal, com o objetivo de reprimir furto de caixas eletrônicos, ao criar novas qualificações no caso de emprego de explosivo, além de alterar a Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, determinando que as instituições financeiras instalem equipamentos capazes de inutilizar cédulas de moeda corrente.

O número de ataques a caixas eletrônicos no país teve uma queda de 43% de no período entre janeiro e maio deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informou Walter Faria, diretor-adjunto de Operações da FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos, em audiência na Câmara dos Deputados, realizada no final de junho. Para o executivo, parte desta redução é decorrente da instalação dos dispositivos de entintamento das notas pela rede bancária, e parte se deu em função de ações empreendidas pelos órgãos de segurança Estaduais e Federais e Exército.

De acordo com a legislação, para municípios com até 50 mil habitantes, os bancos teriam, a partir da promulgação da lei, 9 meses para implantar a tecnologia em 50% dos ATMs, e 18 meses para instalação em 100% dos caixas eletrônicos, prazo que se encerra em novembro deste ano. Atualmente, o parque de caixas eletrônicos no país conta com aproximadamente 168 mil unidades. 
Nas cidades entre 50 mil e 500 mil habitantes, 30% dos ATMs já têm a tecnologia do entintamento. Neste caso, o prazo previsto na lei é de até 24 meses para a total instalação (abril de 2020). Já, nos munícipios com mais de 500 mil habitantes, 29% do parque de caixas eletrônicos contam atualmente com os dispositivos de tinta especial. Os bancos têm até 36 meses, em abril de 2021, após a publicação da lei, para atingir 100% dos ATMs dessas cidades.

 “O sistema financeiro está priorizando a instalação de tinta especial nos ATMs em locais onde ocorrem as maiores incidências de ataques a caixas eletrônicos, para trazer a segurança necessária a estas cidades e sua população”, afirma Pedro Oscar Viotto, diretor setorial de Segurança Bancária da FEBRABAN, durante a audiência pública na Câmara dos Deputados. “Nossa expectativa é ter a tecnologia do entintamento instalada em todo o parque de ATMs do país antes mesmo do prazo final.”

De acordo com legislação, as instituições financeiras que oferecem ATMs para seus clientes poderiam optar por tinta especial colorida, pó químico, ácidos insolventes, pirotecnia, ou qualquer outra substância, desde que não pusessem em perigo os usuários dos caixas eletrônicos. Walter Faria explica que, por questões de segurança, os bancos optaram pela tinta especial, a mesma usada pela Casa da Moeda para a fabricação de cédulas, que é um produto indelével – a tinta fixa no papel e não é possível apagá-la nem eliminá-la.

“Os bancos já tinham experiência e bons resultados com o entintamento de cédulas em caixas eletrônicos antes mesmo da promulgação da lei, porque sempre estão investindo em recursos e novas tecnologias para coibir ataques aos ATMs”, diz Faria. “Nada impede que num futuro próximo, as instituições migrem para outras tecnologias mais eficazes para inutilizar as cédulas”, acrescenta. Os outros dispositivos autorizados na legislação, segundo Faria, poderiam trazer riscos de segurança  para os clientes e para os funcionários do banco ou da transportadora de valores que manuseassem o ATM.

Faria explica que no caso de eventual recebimento de cédula que esteja manchada com tinta, mesmo em pequena quantidade, o cliente deve entregar o dinheiro para sua instituição financeira, que irá enviar o numerário para análise no Banco Central.

Queda nos assaltos

Um levantamento com 17 instituições financeiras que respondem por mais de 90% do mercado bancário, entre elas os principais bancos de varejo do País, mostra que, ao longo de 2018, foram realizados cerca de 171 assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias no Brasil. O total é 21% menor do que o registrado em 2017 (217), quase metade do que em 2016 (339) e menos de um décimo do registrado no ano 2000, quando houve 1.903 ocorrências.

A queda no número de assaltos e tentativas de assaltos no Brasil se deve ao aprimoramento do processo de combate a esse tipo de crime devido às ações da polícia na prisão de quadrilhas de criminosos e a medidas que incluem  desde o melhor uso dos recursos de segurança a melhorias de procedimentos e gerenciamento de risco. O trabalho de inteligência é determinante nessas prisões, com a contribuição dos bancos, ao fornecer informações aos órgãos policiais.

Os dispositivos de entintamento estão incluídos nos investimentos feitos pelos bancos anualmente, de aproximadamente R$ 9 bilhões, na segurança física da sua rede de agências, que se estendem também a sistema de capturas de imagens, câmeras de visão noturna, câmeras analíticas de análise facial, sensores, câmeras externas e reforço físico dos ATMs. Os grandes bancos também contam com centrais que monitoram as agências em tempo real, no esquema 24/7 (24 horas por dia, 7 dias da semana), e, no caso de alguma ocorrência, a Polícia Militar é acionada. 

Dinheiro eletrônico

As instituições financeiras também reduziram o volume de dinheiro disponível nas agências e incentivam a população a usar os canais eletrônicos para realizar operações bancárias. Para que o cliente evite fazer saque de somas elevadas nas agências, os bancos acabaram com o limite da TED (transferência eletrônica cujo crédito cai no mesmo dia).

As instituições financeiras também investem maciçamente em tecnologia. No ano passado foram R$ 19,6 bilhões, um aumento de 3% em relação a 2017. Foram quase 79 bilhões de transações realizadas, sendo 31 bilhões pelo mobile banking, e 16,2 bilhões pelo internet banking. Ainda foram abertas 2,5 milhões de contas pelos smartphones, e 434 mil contas por internet banking.

O cliente também está usando cada vez canais digitais para pagar contas e fazer transferências. No ano passado, os aplicativos dos bancos tornaram-se o canal preferido dos brasileiros para estas operações, Foram realizadas por este canal 2,5 bilhões de pagamentos de contas e transferências, incluindo DOC e TED. “Isso reduz a necessidade de saques e manuseio de dinheiro nas agências”, afirma Faria.

 

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