INFI-FEBRABAN promove summit sobre Open Banking

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Tendência que começa a ganhar força no setor financeiro, o chamado Open Banking cria novos modelos de negócios digitais por meio de APIs - plataformas que permitem a terceiros desenvolver novos aplicativos capazes de aproveitar uma plataforma ou sistema já existentes. Esse avanço já está no radar dos bancos brasileiros e será debatido no summit “Open Banking e os Ecossistemas Digitais”, que será realizado dia 22 de março pelo INFI-Instituto FEBRABAN de Educação, com a presença de executivos do setor financeiro e de representante do Banco Central. Os bancos brasileiros estão monitorando o assunto, que cria uma nova etapa na transformação digital das instituições financeiras”, afirma Leandro Vilain, diretor de Negócios e Operações da FEBRABAN.

Entre as tecnologias disruptivas que provocam transformações no ambiente de negócios, na sociedade e nos ecossistemas digitais, uma das tendências que começa a ganhar força no setor financeiro é o avanço do chamado Open Banking, que cria novos modelos de negócios digitais através de APIs - plataformas que permitem a terceiros criar novos aplicativos capazes de aproveitar uma plataforma ou sistema já existentes. Esse avanço já está no radar dos bancos brasileiros.

O tema será debatido no summit “Open Banking e os Ecossistemas Digitais”, que será realizado dia 22 de março pelo INFI-Instituto FEBRABAN de Educação, com a presença de executivos do setor financeiro e de representante do Banco Central. “Os bancos brasileiros estão monitorando o assunto, que cria uma nova etapa na transformação digital das instituições financeiras”, afirma Leandro Vilain, diretor de Negócios e Operações da FEBRABAN.

De acordo com o executivo, o objetivo do encontro é uniformizar o conhecimento sobre o Open Banking, debater quais serão as implicações para o cenário brasileiro e ainda analisar as vantagens e riscos que devem ser mitigados com o modelo de negócios.

“O processo também dependerá muito de como o cliente irá reagir a este tipo de integração; se ele se sentirá confortável de dar acesso de dados financeiros a terceiros”, diz Vilain. “Uma regulação sobre o tema tem que proteger o consumidor e coibir eventuais tentativas de fraudes.”

O Open Banking é um modelo de serviço que permite aos clientes compartilhar o acesso aos seus dados financeiros com provedores terceiros não bancários, que podem usar esses dados para oferecer ao consumidor uma melhor experiência com serviços financeiros. A avaliação de especialistas é que, compartilhados ou publicados de forma segura, usando APIs abertas, os dados podem servir para melhorar a eficiência e estimular a inovação.

Além de Leandro Vilain, que fará a abertura do summit, o encontro terá participação de Guga Stocco, sócio da Domo Invest, consultor em Estratégia e Inovação e membro dos conselhos consultivos da TOVS, B3, Carrefour e Hapvida. Stocco, que também já liderou as áreas de estratégia e inovação do Banco Original, falará sobre iniciativas internacionais, perspectivas para o mercado financeiro brasileiro e sobre a diretiva europeia PSD2, que entrou em vigor em janeiro e obriga os bancos a conceder para provedores acesso a informações da conta ou de serviços de pagamento do cliente bancário, desde que autorizado o procedimento.

Entre os palestrantes também estarão Carlos Rudnei, gerente executivo de Negócios Digitais do Banco do Brasil; Flavio Henrique Zago, cofundador e vice-presidente de Negócios da ZUP; e Fabio Lacerda Carneiro, chefe-adjunto do Departamento de Supervisão Bancária do Banco Central.

De acordo com Guga Stocco, o Open Banking poderá trazer serviços melhores para clientes e ainda abrir a porta para que fintechs ofereçam produtos e serviços para melhorar a experiência do usuário. Entretanto, o especialista ressalta que existem desafios que devem ser debatidos e solucionados pelas instituições financeiras. “É preciso coordenar, homologar estas aplicações, criar um formato e regras e analisar as questões jurídicas”, afirma.

Iniciativas

Desde 13 de janeiro deste ano, passou a vigorar em todo o espaço econômico da Europa a diretiva PSD2 (do inglês Payment Services Revised Directive), que permite a clientes de bancos, consumidores e empresas usar provedores de terceiros para gerenciar suas finanças.

A diretiva introduz dois tipos de modelos de negócios no cenário financeiro: o AISP (do inglês Account Information Service Providers), que são os provedores de serviços que terão acesso a informações de contas; e o modelo PISP (do inglês Payment Initiation Service Provider) – tratam-se de provedores de serviços que iniciam um pagamento em nome do usuário. “Estamos acompanhando o caso europeu de perto, e, dentro de algumas semanas, possivelmente já poderá ser possível fazer uma análise da diretiva”, afirma Leandro Vilain, da FEBRABAN.

No Brasil ainda não há regulamentação para o Open Banking, mas alguns bancos já começam a testar a novidade. O Banco do Brasil fez, na metade do ano passado, uma operação estruturada de Open Banking, com o lançamento do Portal do Desenvolvedor, que concentra as informações das APIs que a instituição oferecerá aos desenvolvedores de aplicativos.

Inicialmente, o banco pôs duas APIs à disposição: Financial Reports e Payments (débito online). A primeira possibilita consultar extratos de conta corrente, fundos de investimento e cartão de crédito, dados normalmente utilizados em aplicativos de gestão financeira. A outra permite realizar o débito online em sites e aplicativos de compras de passagens aéreas e outras empresas de varejo.

O Banco Original lançou em setembro de 2016 sua plataforma de Open Banking, que permitiu a integração de aplicativos com os serviços do banco e tornou disponíveis APIs para operações de pagamentos, informações sobre transações na conta, além de consultas de carteiras de investimento e fundos.

De acordo com pesquisa divulgada recentemente pela Accenture, 99 de 100 executivos da área de pagamentos de grandes bancos em todo o mundo disseram que suas instituições planejam realizar investimentos em iniciativas de Open Banking até 2020.

O estudo revelou que quase dois terços (63%) dos bancos na América do Norte acreditam que a implementação do Open Banking é fundamental para competir com novos participantes deste mercado, ante 51% dos executivos europeus e 40% na Ásia-Pacífico.

Mais informações sobre o summit Open Banking e os ecossistemas digitais podem ser obtidas neste link

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