52º Café com Sustentabilidade apresenta recomendações da Financial Stability Board sobre mudanças
As recomendações do FSB (Financial Stability Board) para as mudanças climáticas serão apresentadas pela primeira vez no Brasil no próximo dia 15 de agosto, na 52ª edição do Café com Sustentabilidade. O órgão internacional tem por atribuição monitorar e emitir recomendações para a melhoria do sistema financeiro global. Em janeiro de 2016, o FSB criou uma força-tarefa voltada à divulgação de informações relacionadas a mudanças climáticas. Esse esforço gerou as conclusões que são apresentadas agora em todos os países participantes.
As recomendações do FSB (Financial Stability Board) para a divulgação de informações financeiras relacionadas a mudanças climáticas serão apresentadas no próximo dia 15 de agosto, na 52ª edição do Café com Sustentabilidade.
O FSB é formado pelos ministros da fazenda e presidentes dos bancos centrais dos países do G-20 e instituições como o Banco Mundial e FMI. O órgão internacional tem por atribuição monitorar e emitir recomendações para a melhoria do sistema financeiro global. Em janeiro de 2016, o FSB criou uma força-tarefa voltada à divulgação de informações relacionadas às mudanças climáticas. Esse esforço gerou as conclusões que são apresentadas agora em todos os países participantes.
O entendimento é o de que as mudanças climáticas deverão, cada vez mais, impactar os riscos e oportunidades dos negócios – e é preciso identificar os aspectos mais relevantes e padronizar a forma de divulgação de tais informações.
O diretor de relações institucionais da FEBRABAN, Mário Sérgio Vasconcelos, explica que as recomendações do Financial Stability Board representam um marco irreversível no processo de incorporação das mudanças climáticas nos negócios.
“A partir dessas recomendações, as empresas e instituições do mercado financeiro e de capitais passam a ter uma missão comum de identificar e gerenciar os riscos climáticos e as oportunidades para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, incorporando-as às suas decisões estratégicas”, afirma o executivo.
10 anos de Café com Sustentabilidade - A 52ª edição do Café com Sustentabilidade será especial: também vai comemorar os dez anos deste evento que hoje ocupa espaço relevante nas discussões envolvendo o papel do setor bancário no desenvolvimento sustentável do País.
Neste período, foram mais de 140 palestrantes e 2.500 pessoas participando de discussões – entre representantes do sistema financeiro nacional, da academia, de associações, de organismos de governos nacionais e internacionais, ONGs, profissionais da área jurídica, entre outros. Vasconcelos adianta que serão rendidas as devidas homenagens às pessoas que contribuíram para a criação e realização deste fórum. Um dos nomes é Sônia Favaretto, que ocupava o cargo de diretora de sustentabilidade da Federação durante a primeira edição do Café com Sustentabilidade.
Favaretto relembra que, em 2006, a rede BankTrack lançou um guia prático para que o setor bancário incorporasse os princípios da Declaração de Colleveccio (Itália, 2002). O documento foi traduzido pela ONG Amigos da Terra e foi o tema escolhido para o primeiro Café. “Após a realização do primeiro encontro, não tivemos dúvidas de que deveríamos torna-lo um evento permanente, um fórum para acomodar essas discussões e trocar informações com a sociedade”, conta a executiva, que hoje é diretora de Imprensa, Sustentabilidade, Comunicação e Investimento Social da B3 e Presidente do Conselho do ISE – índice de Sustentabilidade Empresarial.
Esse e outros pontos da trajetória do Café estarão presentes na publicação especial que a FEBRABAN lançará no evento para marcar o aniversário.
As inscrições para o 52º Café com Sustentabilidade são gratuitas (sujeitas à lotação do local) e podem ser realizadas por meio deste link.
FEBRABAN e BID se unem para estudar fomento à energia solar
Um acordo de cooperação técnica entre a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) dará continuidade ao estudo “Edificações Sustentáveis e Eficiência Energética”. Nesta segunda fase, que conta com a parceria da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e do GVCes (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas), o foco será na energia solar fotovoltaica.
O objetivo com o acordo é viabilizar novos modelos de negócios e financiamentos com destinação específica para projetos de energia solar fotovoltaica, além de multiplicar as linhas de crédito existentes e torna-las escaláveis dentro do sistema financeiro.
Para a FEBRABAN, o desafio deste segmento se concentra na necessidade de aprimoramento de alguns aspectos deste mercado para que os projetos sejam compatíveis com os requerimentos de financiamentos. Entre os principais entraves para o financiamento de projetos de eficiência energética e renováveis pode-se destacar a falta de padronização dos projetos, a assimetria de informações quanto aos custos de implementação, receita, ganhos de eficiência e métricas de performance, a baixa capacitação técnica dos agentes, a falta de selos e rotulagem de equipamentos e de mecanismos acreditação de empresas desenvolvedoras.
“Superar tais desafios, comuns a um mercado jovem como este, contribuirá substancialmente para o amadurecimento do mercado e para a multiplicação e escalabilidade dos produtos já existentes”, afirma o diretor de relações institucionais da FEBRABAN, Mário Sérgio Vasconcelos.
A assinatura do acordo de cooperação técnica entre as entidades será realizada no dia 3 de agosto, no Rio de Janeiro. Já a publicação final do estudo está prevista para o primeiro semestre de 2018.