Financiamento da recomposição florestal é tema de encontro na FEBRABAN
Os desafios da recuperação florestal foram tema da 49ª edição do Café com Sustentabilidade, realizado pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos na última quarta-feira (23), em São Paulo (SP). O evento apresentou o estudo inédito “Financiamento de Recomposição Florestal no Brasil”, conduzido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), a um público que reuniu representantes do setor financeiro e do setor produtivo agropecuário.
Em sua 49º edição, Café com Sustentabilidade apresentou estudo inédito sobre alternativas do setor financeiro para estimular e apoiar produtores em seus projetos de restauração e preservação ambiental
Os desafios da recuperação florestal foram tema da 49ª edição do Café com Sustentabilidade, realizado pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos na última quarta-feira (23), em São Paulo (SP). O evento apresentou o estudo inédito “Financiamento de Recomposição Florestal no Brasil”, conduzido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVces), a um público que reuniu representantes do setor financeiro e do setor produtivo agropecuário.
O diretor de relações institucionais e sustentabilidade da FEBRABAN, Mário Sérgio Vasconcellos, abriu o encontro destacando que o Brasil está alcançando novos patamares nos quesitos preservação e recuperação ambiental. “Com os compromissos assumidos pelo País no Acordo de Paris e o término do prazo do Cadastro Ambiental Rural, previsto pelo Código Florestal, vamos esbarrar, inevitavelmente, na necessidade de financiamento para aqueles produtores que identificarem que possuem passivos ambientais”, afirmou o executivo. “Soluções para viabilizar o desenvolvimento desta agenda exigirão modelos de financiamento que sejam adequados à natureza desta atividade e serão construídas em consenso, via concentração de esforços de governos, produtores, associações e, especialmente, do setor financeiro”, completou Vasconcellos.
Ao apresentar o estudo, a coordenadora do Programa de Finanças Sustentáveis do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces), Annelise Vendramini, destacou o importante papel do setor financeiro no engajamento e estímulo aos produtores em seus projetos de restauração e preservação. “Desenvolvemos esse estudo baseado em modelagens que os bancos vão precisar para fazer suas contas. Quais serão os limites e crédito? Quais serão as alternativas para aumentar o fluxo de caixa dos produtores que precisarão de financiamento para regularizar sua situação ambiental? Quais as alternativas de uso sustentável dessas áreas de reservas que não terão uso econômico? Essa discussão não é de curto prazo. Ela já está e continuará sendo feita por todos os agentes do setor”, afirmou Annelise.
O evento se seguiu com um painel de discussão com representantes do setor agropecuário e do setor financeiro a respeito dos possíveis modelos e instrumentos financeiros capazes de fomentar o crescimento da recomposição florestal no País. Estiveram presentes Cesar Grafietti, susperintendente de Crédito do Itau BBA, Francisco Beduschi Neto, presidente do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), Glauber Silveira, conselheiro da Aprosoja Mato Grosso e Márcio Macedo Costa, do departamento de Meio Ambiente do BNDES – moderados por Paula Peirão, gestora do Programa de Finanças Sustentáveis do GVces.