Brasileiro guarda 7,4 bilhões de moedas
Os bolsos, cofrinhos e gavetas da população brasileira guardam 7,4 bilhões de moedas. De acordo com dados do Banco Central, o total de moedas acumuladas representa 32% das moedas emitidas até dezembro de 2015. Ou seja, de todo o volume de cédulas e moedas emitidas pela Casa da Moeda, um terço está retido pela população.
Segundo dados do Banco Central, um terço das moedas emitidas estão fora de circulação
Os bolsos, cofrinhos e gavetas da população brasileira guardam 7,4 bilhões de moedas. De acordo com dados do Banco Central, o total de moedas acumuladas representa 32% das moedas emitidas até dezembro de 2015. Ou seja, de todo o volume de cédulas e moedas emitidas pela Casa da Moeda, um terço está retido pela população.
Atualmente, o estoque de moedas existente no mercado corresponde a 100 unidades para cada habitante - números equivalentes à média internacional. Entretanto, usar moedas não é hábito dos brasileiros, diferentemente do que ocorre em outros países em que é comum o maior pagamento e recebimento de moedas metálicas.
O diretor de operações da FEBRABAN, Walter de Faria, explica que esse hábito de guardar e não usar moedas acaba provocando restrições em sua circulação na economia. “Esse costume é um resquício do período de inflação alta, quando o dinheiro perdia valor muito rapidamente e, por isso, as moedas eram menosprezadas.”
Após a estabilização do real, no entanto, as moedas esquecidas na bolsa ou na gaveta podem ser suficientes até para pagar pequenas contas. “É importante que as pessoas se sensibilizem sobre o valor que as moedas têm e sobre a importância também das cédulas de pequenas denominações. Elas precisam circular no mercado, pois facilitam o troco no comércio e reduzem as despesas do governo com novas emissões de dinheiro”, explica o executivo.
Cofrinho
Para aqueles que possuem o saudável hábito de economizar nos gastos do dia a dia, guardar as moedas no cofrinho é prática bastante comum. Mas não é preciso abrir mão da poupança diária para ajudar na circulação de moedas.
O diretor de Educação Financeira da FEBRABAN, Fabio Moraes, aconselha que se abra o cofrinho com frequência para a troca de moedas poupadas por cédulas de maiores denominações. Outra sugestão do executivo é que se faça uma aplicação com o montante guardado. “Além de ajudar o sistema financeiro a colocar moedas em circulação, você também faz o seu dinheiro render, ao colocá-lo em uma aplicação financeira em vez de mantê-lo parado em casa, perdendo valor”, sugere.
De acordo com o executivo, uma prática constante de poupança, mesmo sendo pequenos valores na forma de moedas, pode fazer a pessoa acumular um bom dinheiro depois de algum tempo. “Disciplina e controle financeiro são as chaves para o bem estar financeiro e para que se atinjam objetivos importantes, como a compra de um bem de alto valor ou investimentos em educação e cultura, que é um patrimônio que ninguém pode tirar das pessoas”, completa Fábio.
Uma maior circulação das moedas impacta diretamente no dia a dia de toda a população, independente de sua localização, faixa etária ou classe social e beneficia comerciantes, lojistas, prestadores de serviços e os próprios consumidores.
A FEBRABAN incentiva a utilização de moedas que estão guardadas ou até mesmo esquecidas e ressalta que a circulação das moedas em transações diárias é necessária para validar as trocas econômicas e manter um sistema financeiro eficiente.
FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
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