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09/03/2021

FEBRABAN premia pesquisas acadêmicas sobre economia bancária

Quatro trabalhos acadêmicos sobre temas como a incerteza jurídica e os efeitos no mercado de crédito, os impactos da política monetária no Brasil, a reação do setor bancário diante de um aumento de incerteza econômica e a relação entre alfabetização financeira e endividamento de universitários foram os vencedores do 12º Prêmio Infi-FEBRABAN de Economia Bancária.

A premiação tem por objetivo estimular o debate sobre a economia bancária brasileira e questões relevantes do sistema financeiro nacional e distribuiu R$ 60 mil aos vencedores.

“O Prêmio INFI-FEBRABAN de Economia Bancária é um instrumento importante para fomentar discussões, incentivar o conhecimento e as novas ideias por parte da academia e profissionais no país, abrangendo temas relevantes da atividade bancária, um esforço que tem sido recompensado”, diz Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN. “Esta premiação nasceu da constatação de que a produção de trabalhos na área de economia bancária no Brasil ainda é muito modesta se comparada com a importância do setor bancário para a economia e para o desenvolvimento brasileiro.”

A cerimônia de entrega e apresentação dos trabalhos ocorre nesta terça-feira (09/03) em uma apresentação ao vivo pela plataforma noomis. A premiação foi dividida em três categorias:

 

Categoria A - dissertações, teses e artigos acadêmicos

O vencedor foi o trabalho “Impacto do viés judicial sobre o mercado de crédito: Evidências para São Paulo”, de Pedro Amoni, da FEA/USP, premiado com R$ 25 mil.

O artigo analisou a distribuição aleatória de processos entre juízes para avaliar como os bancos reagem ao se depararem com diferentes tipos de sentenças judiciais. Segundo o autor, os resultados sugerem que a existência de margem para atuação dos magistrados sobre decisões que envolvam a relação entre credor e devedor pode ser um gerador de insegurança, levando a restrição de crédito.

Amoni observa que a divergência entre decisões judiciais e a busca por um sistema jurídico mais uniforme, seja por leis mais claras ou por limitação da atuação arbitrária dos magistrados, pode ser um caminho para a ampliação do bem estar social.

O artigo usou uma base de dados de 351.701 sentenças entre 01 de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2018, com a proporção de decisões pró-devedor sendo em média 42% do total.

De acordo com o artigo, varas que mostram um viés pró-devedor podem gerar efeitos negativos no mercado de crédito, com significante relevância do ponto de vista econômico. No caso, instituições financeiras derrotadas em processos judiciais, por terem enfrentado varas com viés de favorecimento aos devedores, disponibilizam menor saldo de crédito no período seguinte, comparativamente a outras sem este viés. O trabalho cita argumentos de autores apontando ainda que a incerteza no Judiciário é um dos caminhos para se compreender a alta taxa de juros e o subdesenvolvimento do mercado de crédito brasileiro.

Na segunda colocação, com um prêmio de R$ 10 mil, ficou o trabalho “Como o setor bancário reage a um aumento de incerteza econômica?”, de Diego Pitta de Jesus e Cássio da Nóbrega Besarria, da UFPB (Universidade Federal da Paraíba).

O estudo concluiu que a combinação de uma política monetária contracionista (conjunto de políticas que têm o objetivo principal de conter o avanço da inflação) com o aumento na taxa de inadimplência, provisão para devedores duvidosos e taxa de reserva compulsória das instituições financeiras contribuem para o aumento das taxas de juros bancárias e os spreads.

 

Categoria B, monografias de graduação

O primeiro lugar ficou com o trabalho “Estimação Bayesiana em Modelo DSGE com Canal de Crédito: Um Estudo Preliminar dos Impactos da Política Monetária no Brasil”, de Lucas Eduardo Kava, da FEA-RP/USP.

O estudo, premiado com R$ 10 mil, concluiu que os choques de política monetária são o principal fator de explicação para o comportamento de variáveis econômicas como PIB (Produto Interno Bruto), investimento e consumo, o que reforça a importância do crédito como canal de transmissão da política monetária ao diminuir de forma significativa a taxa de juros.

 

Categoria C, educação financeira

O vencedor foi o artigo Melhor comportamento, menor endividamento! Alfabetização Financeira e Endividamento de Universitários de Ciências Sociais de Classe Média de São Paulo”, dos autores Silvia Franco de Oliveira e Denis Forte, do Mackenzie – São Paulo.

O estudo concluiu que um grupo de estudantes universitários com menor nível de endividamento têm um melhor comportamento no consumo planejado, na gestão financeira, no comportamento da tomada de crédito e no investimento e poupança. Pela primeira colocação, os autores ganharam um prêmio de R$ 15 mil.

“Mais uma vez, conseguimos reunir estudos com relevantes contribuições sobre temas relacionados à economia bancária e que irão auxiliar para um melhor entendimento sobre assuntos importantes para o nosso setor”, afirma Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da FEBRABAN. “Acreditamos que o avanço progressivo na compreensão de fatores estruturais e conjunturais ligados à atividade bancária ajudará a melhorar o funcionamento de nosso mercado bancário e financeiro”, conclui.

Os trabalhos vencedores estarão disponíveis em:

https://portal.febraban.org.br/paginas/24/pt-br/#

 

 

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